Ratos
Tipos de ratos
15 de set. de 2025
Por que identificar os tipos de ratos é importante
A identificação correta dos tipos de ratos presentes em uma casa, entorno urbano ou propriedade rural é essencial por vários motivos: permite selecionar estratégias de controle mais eficazes, prever quais doenças podem ser transmitidas, estimar os danos materiais possíveis e agir com mais rapidez para evitar infestações maiores.
Diferenças no comportamento e nos hábitos
Cada espécie de rato tem hábitos distintos: onde vive, como se alimenta, seus padrões de reprodução, se gosta mais de ambientes elevados ou subterrâneos, sua mobilidade. Essas diferenças influenciam diretamente:
Onde colocar armadilhas ou iscas.
Quais horários do dia são mais propícios para observação ou intervenção.
Impactos na saúde e no ambiente
Dependendo da espécie, o risco de transmissão de doenças, infestação de ácaros ou parasitas, destruição de alimentos ou materiais de construção varia bastante. Ratos podem contaminar água, alimentos, espalhar fezes e urina, servir de hospedeiros para pulgas, carrapatos, helmintos, vírus etc.
Principais espécies encontradas no Brasil
No Brasil, as três espécies de ratos mais comuns em ambientes urbanos e periurbanos são o camundongo (Mus musculus), o rato de telhado ou rato-preto (Rattus rattus) e a ratazana ou rato de esgoto (Rattus norvegicus). Cada uma delas apresenta características próprias de morfologia, hábitos, alimentação e reprodução, o que influencia diretamente na forma como se instalam nos ambientes e no tipo de risco que oferecem à saúde e às estruturas.
Camundongo (Mus musculus)

O camundongo é uma espécie pequena, altamente adaptada à convivência com ambientes humanos. Ele invade residências, galpões, despensas, onde encontra alimento fácil, abrigo em frestas, móveis, rodapés, fornos, etc. Sua presença muitas vezes passa despercebida até que a população já esteja considerável.
Características gerais
O camundongo possui corpo pequeno, medindo entre 7 e 10 centímetros, sem contar a cauda, que costuma ter comprimento semelhante. Seu peso é bastante leve, variando entre 10 e 25 gramas conforme a disponibilidade de alimento e as condições do ambiente. A pelagem geralmente apresenta tons de cinza, marrom-acinzentado ou mesclado, enquanto a parte inferior é mais clara.
As orelhas são grandes em proporção à cabeça, os olhos têm tamanho relativamente proporcional e a cauda é fina, muitas vezes quase sem pelos ou com pelos bem curtos. Essas características físicas ajudam a distinguir o camundongo de outros roedores urbanos maiores, como o rato-preto e a ratazana.
Hábitos
O camundongo é um animal de hábitos noturnos, sendo mais ativo durante a noite, embora também possa se movimentar ao amanhecer e no fim da tarde. Prefere viver próximo a fontes de alimento e abrigo, como atrás de móveis, dentro de armários, em frestas de paredes e até em forros leves.
Diferente das ratazanas, não costuma cavar tocas profundas. Seu comportamento é mais voltado para ocupar espaços já existentes dentro das construções ou muito próximos delas, aproveitando-se da proteção oferecida pelas estruturas humanas.
Alimentação
A alimentação do camundongo é bastante variada, já que ele é um onívoro oportunista. Grãos, cereais, sementes e restos de comida são os itens preferidos, mas qualquer alimento armazenado pode se tornar alvo. Essa versatilidade faz com que ele consiga sobreviver em diferentes tipos de ambiente, adaptando-se com facilidade.
Além disso, o camundongo é capaz de roer papéis, plásticos e embalagens para alcançar comida ou água. Esse comportamento aumenta os riscos de contaminação em cozinhas, despensas e locais onde os alimentos ficam guardados, já que os resíduos de fezes e urina comprometem a higiene.
Reprodução
A reprodução do camundongo é extremamente rápida e intensa. Ao longo do ano, a fêmea pode gerar diversas ninhadas, cada uma com um número considerável de filhotes. Esse ciclo acelerado torna a infestação difícil de controlar quando não há medidas preventivas adequadas.
Outro ponto importante é que os camundongos atingem a maturidade sexual em pouco tempo, o que contribui para o crescimento acelerado das populações. Fatores como a disponibilidade de alimento, abrigo seguro e temperatura adequada influenciam diretamente na taxa de reprodução e podem levar a um aumento exponencial do problema.
Problemas mais comuns com camundongos
Apesar do tamanho reduzido, os camundongos podem gerar grandes transtornos dentro de uma residência. Um dos problemas mais recorrentes é a contaminação de alimentos, embalagens e utensílios domésticos, já que eles transitam livremente por cozinhas e despensas. Além disso, seus pelos, urina e a poeira das áreas infestadas podem desencadear alergias e até mesmo reações respiratórias em pessoas mais sensíveis.
Os camundongos também são responsáveis por danos estruturais e elétricos, roendo cabos finos, papéis e madeiras leves. Por serem pequenos e discretos, muitas vezes passam despercebidos até que a infestação atinja proporções que causam prejuízos significativos. Essa característica reforça a importância de identificar sinais de infestação o quanto antes para evitar complicações.
Rato de telhado (Rattus rattus)

Também chamado rato-preto, rato de forro ou rato arbóreo. Prefere ambientes elevados (telhados, forros, sótãos), embora desça ao solo para buscar alimento e água. É bastante presente em residências, galpões, silos, celeiros etc.
Características gerais
O rato-preto, também chamado de rato de telhado, possui corpo mais esguio do que a ratazana e um focinho pontudo, o que o diferencia visualmente das outras espécies. Suas orelhas são grandes em proporção à cabeça, e a cauda é fina e frequentemente mais longa que o corpo somado à cabeça, funcionando como apoio essencial em suas habilidades de escalada.
O peso dessa espécie pode variar bastante, geralmente entre 80 e 300 gramas, dependendo da disponibilidade de alimento e das condições ambientais. Essa variação reforça sua adaptabilidade, permitindo que se desenvolva em diferentes locais urbanos e rurais.
Hábitos
O rato-preto é um excelente escalador e costuma habitar locais altos, como forros, sótãos, beiradas de construções, galpões e outras estruturas que ofereçam pontos de apoio para subir. Essa característica faz com que seja mais comum encontrá-lo em locais elevados do que no chão, ao contrário da ratazana.
Apesar de ser principalmente noturno, também pode se movimentar ao amanhecer ou durante o dia, especialmente quando a população está densa ou o ambiente sofre perturbações. Vive em colônias e apresenta certo grau de organização social, construindo ninhos em locais ocultos e de difícil acesso.
Alimentação
A alimentação do rato-preto é semelhante à das outras espécies de roedores urbanos, sendo considerada bastante variada. Ele consome grãos, restos de comida, frutas, vegetais e qualquer alimento armazenado que esteja acessível, aproveitando-se principalmente de locais desprotegidos.
Embora costume viver em locais altos, esse roedor desce com frequência em busca de água, explorando áreas internas das construções. Essa movimentação constante entre pontos elevados e áreas mais baixas aumenta os riscos de contaminação nos ambientes.
Reprodução
O rato-preto apresenta uma reprodução intensa, com várias ninhadas ao longo do ano. Cada uma pode gerar entre 5 e 10 filhotes, e como atingem a maturidade sexual em poucas semanas, a população cresce rapidamente quando não há controle adequado.
Os ninhos geralmente são construídos em locais altos e protegidos, muitas vezes em forros, utilizando materiais macios para garantir abrigo e conforto. A proximidade de fontes de alimento e água favorece ainda mais a sobrevivência e a expansão dessa espécie em ambientes urbanos.
Contaminações causadas pelo rato de telhado
O rato de telhado, que costuma habitar locais mais altos como forros, sótãos e tetos, representa um perigo silencioso para as residências. Um de seus impactos mais comuns é a contaminação de alimentos armazenados, já que ele busca constantemente novas fontes de comida e deixa rastros de fezes, urina e pelos nos ambientes por onde passa. Essa contaminação é especialmente preocupante porque pode se espalhar facilmente para áreas de convivência humana.
Ainda que as doenças transmitidas especificamente pelo rato-preto sejam menos documentadas, sua proximidade com os ambientes domésticos torna esse risco real. A presença constante em áreas internas favorece o contato com pessoas, aumentando a probabilidade de transmissão de agentes patogênicos e tornando essencial o controle desse tipo de infestação.
Ratazana (Rattus norvegicus)

Também chamada de rato de esgoto ou rato-marrom/pardo. É a maior entre essas três espécies sinantrópicas mais comuns. Tem corpo robusto, prefere locais mais próximos ao solo ou subterrâneos, locais úmidos, esgotos ou galerias, mas também pode entrar em construções.
Características gerais
A ratazana, também conhecida como rato de esgoto ou rato-marrom, possui corpo grosso e troncudo, com pelagem áspera em tons que variam do acinzentado ao acastanhado. A região ventral é geralmente mais clara, o que ajuda a diferenciá-la de outras espécies. Trata-se de um animal robusto e adaptado para ambientes hostis.
Seu tamanho também impressiona: o corpo pode medir entre 18 e 25 centímetros, sem contar a cauda, que costuma ser mais curta do que o corpo e a cabeça somados. Além disso, o peso é bastante superior ao do rato-preto, tornando a ratazana a maior das espécies urbanas comuns no Brasil.
Hábitos
As ratazanas são principalmente terrestres e conhecidas por sua habilidade de escavar tocas e galerias subterrâneas. Vivem próximas a locais úmidos, como margens de rios, esgotos, depósitos de lixo, caixas subterrâneas e até nos subsolos de edifícios, sempre aproveitando a disponibilidade de alimento e abrigo.
Durante o dia, costumam permanecer escondidas e só saem em busca de alimento durante a noite. Quando vistas à luz do dia, geralmente indicam uma infestação severa, já que a competição dentro da colônia as força a se arriscar fora de horário.
Alimentação
Assim como outros roedores urbanos, a ratazana é onívora e bastante oportunista. Alimenta-se de cereais, grãos, restos de comida e lixo orgânico, aproveitando qualquer fonte disponível. Sua dieta variada facilita a sobrevivência em diferentes tipos de ambientes urbanos e rurais.
Além de consumir alimentos, também pode roer materiais não alimentares, como madeira, embalagens e fios elétricos. Esse comportamento serve tanto para desgastar os dentes, que crescem continuamente, quanto para abrir passagens e acessar locais onde há comida e abrigo.
Reprodução
A reprodução da ratazana é intensa e favorece a rápida multiplicação da espécie. O período de gestação dura cerca de três semanas, e as fêmeas podem gerar várias ninhadas ao longo do ano, dependendo das condições ambientais e da oferta de alimento.
Cada ninhada costuma ter em média de 7 a 8 filhotes, mas em situações ideais esse número pode ser ainda maior. Essa alta taxa reprodutiva, somada à resistência da espécie, explica por que as populações de ratazanas crescem tão rápido e se tornam difíceis de controlar sem intervenção adequada.
Doenças transmitidas pelas ratazanas
As ratazanas, conhecidas cientificamente como Rattus norvegicus, são um dos principais reservatórios da leptospirose, uma doença grave que pode ser transmitida aos humanos por meio do contato com água ou solo contaminados pela urina desses animais. Além disso, elas também estão associadas à transmissão da hantavirose em áreas urbanas e periurbanas, febre da mordedura de rato, salmoneloses e diversas infecções bacterianas que afetam diretamente a saúde pública.
Outro ponto de atenção é a presença de parasitas como helmintos e protozoários, que podem ser carregados por esses roedores. Esses agentes contaminam o ambiente e acabam atingindo o ser humano através da ingestão de água ou alimentos expostos, ampliando ainda mais os riscos que uma infestação de ratazanas representa.
Como prevenir e controlar diferentes tipos de ratos
A prevenção combinada com ações de controle adaptadas à espécie presente é o caminho mais eficaz. Estratégias integradas — com higiene, barreiras físicas, controle químico e dedetização profissional — tendem a dar resultados sustentáveis.
Ações de higiene e organização
A prevenção contra roedores começa com medidas simples de higiene e organização. Manter os ambientes limpos, sem restos de alimento, é essencial para não atrair esses animais. Os alimentos devem ser guardados em recipientes bem fechados e elevados, e o lixo precisa ser descartado corretamente, sempre em sacos vedados e lixeiras tampadas, evitando entulho próximo às paredes.
Também é importante eliminar fontes de água parada, infiltrações e vazamentos, já que os roedores necessitam de água para sobreviver. Frestas e buracos em paredes, janelas, portas e tubulações devem ser vedados para bloquear pontos de entrada, criando um ambiente menos favorável e dificultando sua reprodução.
Técnicas caseiras e suas limitações
No controle de roedores, muitas pessoas recorrem a técnicas caseiras. Armadilhas mecânicas, como as tradicionais ratoeiras, podem ser úteis em situações pontuais, especialmente quando a infestação é pequena ou localizada. No entanto, exigem posicionamento estratégico e manutenção frequente para funcionar. Já as iscas caseiras ou produtos “naturais”, como óleos essenciais e repelentes domésticos, têm efeito limitado. Na prática, servem mais como complemento do que como solução definitiva, raramente substituindo o trabalho profissional.
Barreiras físicas improvisadas também podem ser usadas, mas costumam falhar quando não são bem feitas ou deixam pontos vulneráveis descobertos. Essas limitações mostram que, embora as técnicas caseiras ajudem a reduzir temporariamente a presença de roedores, dificilmente conseguem eliminar uma infestação de forma eficaz e duradoura.
A importância da dedetização profissional
O controle profissional é a forma mais eficaz de eliminar infestações de roedores. Técnicos especializados utilizam produtos adequados, métodos seguros e realizam inspeções detalhadas para identificar espécies, focos e pontos de entrada. Além disso, o acompanhamento após o serviço garante a eficácia e reduz o risco de reinfestações, algo que soluções caseiras dificilmente alcançam.
Na InsectControl, esse processo é feito de forma completa: combinamos experiência, técnicas modernas e as maiores garantias do mercado para proteger sua residência ou empresa. Atuamos em toda a cidade do Rio de Janeiro, garantindo não apenas a eliminação dos roedores, mas também a tranquilidade de quem busca um serviço seguro e duradouro.