Carrapatos
Como remover carrapato
18 de set. de 2025
Por que saber como remover carrapato é importante
Remover carrapatos não é apenas “arrancar e pronto”. Quando a retirada é feita de forma incorreta, podem surgir complicações sérias para o animal e as pessoas. Um erro comum é deixar partes do parasita na pele, o que aumenta os riscos de inflamações e infecções. Aprender a remover carrapatos da forma correta é essencial, pois protege a saúde do pet, do tutor e do ambiente, evitando que pequenos descuidos virem problemas maiores.
Riscos de deixar partes do carrapato presas na pele
Quando partes do aparelho bucal do carrapato — como a “cabeça” ou as mandíbulas — ficam dentro da pele, podem causar inflamações dolorosas e até formação de abscessos. Essas pequenas lesões podem evoluir para bolhas e ainda se tornar uma porta de entrada para infecções, que muitas vezes passam despercebidas no início.
Além disso, bactérias presentes no ambiente podem aproveitar a ferida aberta para se instalar, complicando ainda mais a recuperação e exigindo tratamentos mais longos. Por isso, retirar o carrapato de forma completa e cuidadosa é fundamental para garantir que não sobrem fragmentos que coloquem a saúde do animal ou da pessoa em risco.
Doenças que podem ser transmitidas pela picada
Carrapatos não são apenas incômodos: eles são vetores de doenças perigosas que afetam animais e humanos. Em cães, por exemplo, o carrapato-do-cão-marrom (Rhipicephalus sanguineus) pode transmitir erliquiose canina, que atinge os glóbulos brancos, e babesiose, que compromete os glóbulos vermelhos. Ambas resultam em febre, apatia, anemia e podem levar a quadros graves se não forem tratadas.
Nos humanos, dependendo da espécie e da região, também existe o risco de doenças como febre maculosa e rickettsioses. Quanto mais tempo o carrapato permanece fixado à pele, maior a probabilidade de transmitir essas enfermidades, o que reforça a importância de agir rapidamente na remoção para evitar complicações.
Como remover carrapato de forma correta
A remoção adequada exige delicadeza e atenção, mas é essencial para evitar complicações. Usar os instrumentos corretos e seguir o passo a passo com calma garante que o parasita seja retirado por inteiro e que o local da picada não sofra traumas desnecessários, o que pode acelerar bastante a recuperação.
Uso de pinça ou removedor próprio para carrapatos
A forma mais recomendada para retirar carrapatos é utilizar uma pinça de ponta fina, reta ou levemente curva. O ideal é segurar o parasita bem rente à pele, garantindo maior precisão e evitando que o corpo seja esmagado. Existem também removedores próprios, desenhados especificamente para esse tipo de situação, que tornam a prática ainda mais segura.
Esses dispositivos permitem a retirada de forma completa, sem pressionar o abdômen do carrapato. Isso é fundamental, pois impede que ele libere fluidos potencialmente contaminados, reduzindo os riscos de transmissão de doenças tanto para animais quanto para pessoas.
Cuidados para não apertar ou esmagar o parasita
Um dos erros mais comuns ao retirar carrapatos é apertar o corpo do parasita durante a remoção. Essa prática aparentemente simples pode fazer com que líquidos contaminados sejam liberados no organismo do hospedeiro, aumentando de forma significativa a chance de transmissão de doenças graves que poderiam ser evitadas com a técnica correta.
Outro cuidado importante é nunca puxar de forma brusca ou girar o carrapato. A técnica correta consiste em manter a tração suave, contínua e firme até que ele se desprenda naturalmente. Assim, evita-se o rompimento de partes que possam permanecer presas na pele, causar inflamações locais e ainda dificultar a cicatrização da ferida.
Passo a passo seguro para retirar carrapatos em casa
Coloque luvas.
Use uma pinça esterilizada.
Segure o carrapato pela “cabeça”, o mais próximo possível da pele.
Puxe com firmeza e suavidade, sem torcer.
Limpe a área com antisséptico.
Descarte o carrapato em recipiente com álcool.
Lave tudo que foi usado.
Como remover carrapato do seu pet
Nos animais de estimação, o processo precisa ser feito com ainda mais cuidado. Além do risco de transmissão de doenças, é importante pensar no bem-estar do pet, evitando situações de estresse e desconforto durante a remoção. Com paciência, calma e a técnica correta, é possível eliminar os parasitas de forma eficaz e proteger a saúde e a tranquilidade do animal.
Locais do corpo mais comuns para fixação do parasita
Carrapatos preferem regiões onde a pele é mais fina e protegida, facilitando sua fixação. Nos cães e gatos, eles costumam se instalar atrás das orelhas, entre os dedos, embaixo das patas, na virilha, no pescoço e nas dobras da pele. Esses pontos oferecem acesso fácil ao sangue e boa proteção contra movimentação.
Por isso, é fundamental inspecionar regularmente o corpo do pet, especialmente após passeios em áreas com vegetação ou contato com outros animais. Essa verificação frequente facilita a detecção precoce e impede que a infestação avance sem ser notada, o que torna a remoção muito mais simples.
Maneira correta de segurar o animal durante a remoção
A remoção deve ser feita de forma tranquila e segura, sem pressa. O ideal é que outra pessoa auxilie, segurando o pet com carinho e evitando movimentos bruscos que possam assustá-lo. Isso ajuda a manter o animal calmo, diminuindo o risco de acidentes e facilitando o trabalho de quem faz a retirada do parasita.
Se o pet estiver muito agitado, vale oferecer brinquedos, petiscos ou distrações leves para acalmá-lo. Quanto mais confortável e relaxado ele se sentir, mais fácil será concluir a retirada dos carrapatos com segurança, precisão e eficiência, sem causar traumas desnecessários.
Produtos que ajudam na prevenção após a retirada
Após remover o carrapato, é indicado reforçar a proteção com produtos antiparasitários. Coleiras, pipetas e comprimidos são opções eficazes que podem ser recomendadas pelo veterinário conforme o perfil do animal. Esses produtos ajudam a criar uma barreira de defesa contra novas infestações que possam surgir.
Também é recomendado dar banho no pet com shampoos específicos para carrapatos e manter a higiene do ambiente sempre em dia. Essa combinação de cuidados reduz o risco de que novos parasitas se fixem no animal e fortalece a prevenção a longo prazo, garantindo uma proteção contínua.
O que fazer depois de remover o carrapato
A retirada é apenas a primeira etapa do processo. O cuidado após a remoção é fundamental para garantir que o local da picada cicatrize bem e que o ambiente não continue sendo um foco de infestação. Essa atenção extra ajuda a proteger tanto o pet quanto a família, prevenindo complicações futuras que poderiam ser evitadas com medidas simples.
Higienização do local da picada e do ambiente
Após a remoção, lave a área da picada com água e sabão neutro e aplique um antisséptico suave. Isso reduz o risco de inflamação, protege contra bactérias oportunistas e favorece uma cicatrização mais rápida. Já no ambiente, lave tecidos utilizados pelo pet, aspire a casa com atenção especial a frestas e cantos e mantenha tudo sempre bem higienizado.
Essa rotina de cuidados impede que ovos e larvas permaneçam no ambiente e deem continuidade ao ciclo dos parasitas. Além disso, ajuda a tornar a casa menos atrativa para a instalação de novos carrapatos e oferece mais tranquilidade para toda a família.
Sintomas de alerta em pets e pessoas após a remoção
Mesmo após a retirada, é preciso atenção constante. Em pets, fique de olho em sinais como febre, apatia, sangramentos, feridas que não cicatrizam e perda de apetite. Esses sintomas podem indicar infecção ou até transmissão de doenças mais graves, exigindo acompanhamento veterinário imediato.
Nos humanos, qualquer sintoma gripal, febre repentina ou manchas na pele depois de uma picada deve ser levado a sério. Estar atento aos sinais é essencial para agir rápido, buscar ajuda médica quando necessário e evitar que pequenas complicações se tornem um problema maior.
Quando procurar ajuda veterinária ou médica
Algumas situações exigem apoio profissional imediato e não devem ser ignoradas. Se não conseguir remover o carrapato por completo, se a picada apresentar inflamação ou sinais de infecção, ou se o pet demonstrar sintomas anormais, é fundamental procurar um veterinário o quanto antes para avaliação.
Da mesma forma, se houver suspeita de doença transmitida ou sintomas persistentes em humanos, um médico deve ser consultado sem demora. A orientação profissional garante diagnóstico precoce e tratamento eficaz, evitando riscos maiores e proporcionando mais segurança para todos.






